domingo, 29 de junho de 2014


O modelo dos modelos

Felizmente modelo não é destino, e, havendo igualdade de oportunidades, todos poderão ser incluídos na  maravilhosa experiência de aprender a aprender e aprender a fazer.

Na educação é perfeitamente visível à fragmentação, onde podemos observar vários modelos e padrões que a sociedade adota para homogeneizar o conhecimento mediado nas inúmeras instituições que todas as pessoas frequentam inclusive os deficientes. Apontam suas próprias teorias em mundos exclusivos, alheios ao todo do universo que os circunda, universo esse que tem como protagonistas pessoas de diversos níveis, inteligências, culturas, características que as divergem uma das outras. Essa instituição tem que incluir sustentar, acompanhar, apoiar, enriquecer e oferecer tudo o que essa pessoa necessita em sua singularidade para ter êxito no objetivo educativo de integrar.

Valorizar as peculiaridades de cada aluno, atender a todos, incorporar a diversidade, sem nenhum tipo de distinção, desprender-se dos modelos, dos preconceitos. Cada vez mais percebemos que as diferenças não só devem ser aceitas, mas também acolhidas como subsídio para montar o cenário escolar numa sala de AEE acolhedora e eficaz. O que realmente se vê atualmente com esse trabalho é que se tem de oferecer serviços complementares e suplementares, adotar práticas criativas na sala de aula, adaptar o projeto pedagógico, rever posturas e construir uma nova filosofia educativa.

O AEE é uma das inovações trazidas pela Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) é o a Atendimento Educacional Especializado – AEE, um serviço da educação especial que “[...] identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade. Que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando suas necessidades específicas” (SEESP/MEC, 2008). O AEE valoriza as potencialidades dos alunos visando sua autonomia, funcionalidade:

Zabala (1998, p. 34) aponta que:
           ... as aprendizagens dependem das características singulares de cada um dos aprendizes, correspondem, em grande parte, às experiências que cada um viveu desde o nascimento; a forma como se aprende e o ritmo da aprendizagem variam segundo as capacidades, motivações e interesses de cada um dos meninos e meninas, enfim, a maneira e a forma como se produzem as aprendizagens são o resultados de processos que sempre são singulares e pessoais.

         Voltando um olhar para algumas escolas que ainda privilegiam o puro materialismo e mecanicismo, onde os alunos ainda são vistos como vasos vazios que precisam ser enchidos com os valores de uma sociedade decadente, desvalorizadas por seus sentimentos ainda puros.

Na realidade, todos nós precisamos provar a nós mesmos do que somos capazes, mesmo inconscientemente, o fazemos, é tão inata ao ser  humano essa busca pelo reconhecimento, que se torna natural, uma vez que cada um traz uma genética própria, temos habilidades complexas, atitudes tão pessoais, que resultam em um conjunto de ações que determinam do que realmente somos capazes, esclarecendo a heterogeneidade de um ambiente escolar; que possamos ser seres potenciais, sejamos anormais, mas sejamos humanos no sentido de solidários!
Deve-se pensar  o AEE como um ambiente atrativo para professores, alunos e os profissionais nela atuantes, para que estes possam se sentir convidados a participar desta atmosfera de conhecimento que dia após dia é construída por professores e alunos, aproveitando o conhecimento prévio que é trazido por todos. É preciso que os docentes reinventem e reencantem a educação, tendo como foco uma visão educacional, usufruindo do conhecimento já construído e produzindo novas experiências no processo de ensino-aprendizagem dos educandos (ASSMANN, 2007).

O modelo que devemos seguir é de contribuir para o desenvolvimento das competências e habilidades dos alunos com deficiência primando para a ação de cidadania, de ser autor de sua ações.

Referências
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
AASSMANN, Hugo. Reencartar a educação: rumo à sociedade aprendente. Petrópolios, RJ: Vozes, 2007


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