“O modelo
dos modelos”
Felizmente modelo não é destino,
e, havendo igualdade de oportunidades, todos poderão ser incluídos na maravilhosa experiência de aprender a aprender
e aprender a fazer.
Na educação é perfeitamente visível à fragmentação,
onde podemos observar vários modelos e padrões que a sociedade adota para
homogeneizar o conhecimento mediado nas inúmeras instituições que todas as
pessoas frequentam inclusive os deficientes. Apontam suas próprias teorias em
mundos exclusivos, alheios ao todo do universo que os circunda, universo esse
que tem como protagonistas pessoas de diversos níveis, inteligências, culturas,
características que as divergem uma das outras. Essa instituição tem que
incluir sustentar, acompanhar, apoiar, enriquecer e oferecer tudo o que essa
pessoa necessita em sua singularidade para ter êxito no objetivo educativo de
integrar.
Valorizar as peculiaridades de cada aluno, atender
a todos, incorporar a diversidade, sem nenhum tipo de distinção, desprender-se
dos modelos, dos preconceitos. Cada vez mais percebemos que as diferenças não
só devem ser aceitas, mas também acolhidas como subsídio para montar o cenário
escolar numa sala de AEE acolhedora e eficaz. O que realmente se vê atualmente
com esse trabalho é que se tem de oferecer serviços complementares e
suplementares, adotar práticas criativas na sala de aula, adaptar o projeto
pedagógico, rever posturas e construir uma nova filosofia educativa.
O AEE é uma das inovações trazidas pela Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) é o a
Atendimento Educacional Especializado – AEE, um serviço da educação especial
que “[...] identifica, elabora e organiza recursos pedagógicos e de
acessibilidade. Que eliminem as barreiras para a plena participação dos alunos,
considerando suas necessidades específicas” (SEESP/MEC, 2008). O AEE valoriza as
potencialidades dos alunos visando sua autonomia, funcionalidade:
Zabala
(1998, p. 34) aponta que:
... as aprendizagens
dependem das características singulares de cada um dos aprendizes,
correspondem, em grande parte, às experiências que cada um viveu desde o
nascimento; a forma como se aprende e o ritmo da aprendizagem variam segundo as
capacidades, motivações e interesses de cada um dos meninos e meninas, enfim, a
maneira e a forma como se produzem as aprendizagens são o resultados de
processos que sempre são singulares e pessoais.
Voltando um olhar para algumas escolas que
ainda privilegiam o puro materialismo e mecanicismo, onde os alunos ainda são
vistos como vasos vazios que precisam ser enchidos com os valores de uma
sociedade decadente, desvalorizadas por seus sentimentos ainda puros.
Na realidade, todos nós precisamos provar a nós
mesmos do que somos capazes, mesmo inconscientemente, o fazemos, é tão inata ao
ser humano essa busca pelo
reconhecimento, que se torna natural, uma vez que cada um traz uma genética
própria, temos habilidades complexas, atitudes tão pessoais, que resultam em um
conjunto de ações que determinam do que realmente somos capazes, esclarecendo a
heterogeneidade de um ambiente escolar; que possamos ser seres potenciais,
sejamos anormais, mas sejamos humanos no sentido de solidários!
Deve-se pensar o AEE como um ambiente atrativo para
professores, alunos e os profissionais nela atuantes, para que estes possam se
sentir convidados a participar desta atmosfera de conhecimento que dia após dia
é construída por professores e alunos, aproveitando o conhecimento prévio que é
trazido por todos. É preciso que os docentes reinventem e reencantem a
educação, tendo como foco uma visão educacional, usufruindo do conhecimento já
construído e produzindo novas experiências no processo de ensino-aprendizagem
dos educandos (ASSMANN, 2007).
O modelo que devemos
seguir é de contribuir para o desenvolvimento das competências e habilidades
dos alunos com deficiência primando para a ação de cidadania, de ser autor de
sua ações.
Referências
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como
ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
AASSMANN, Hugo. Reencartar a educação: rumo à
sociedade aprendente. Petrópolios, RJ: Vozes, 2007